segunda-feira, outubro 30, 2006

A importância da pontuação...

  • Eu gosto de tijolo burro. Com pontuação: Eu gosto de tijolo, burro!
  • Eu não gosto de água choca. Com pontuação: Eu não gosto de água, choca!

eheh...

sexta-feira, outubro 27, 2006

Soluções "curiosas"... 02

Contenção de custos
Contaram-me (e por isso isto vale o que vale) que, há uns bons anos atrás, um Vereador da Câmara do Porto mandou fazer um levantamento do funcionamento e níveis de produtividade na autarquia, já que as despesas existentes lhe pareciam desproporcionadas. Era necessário haver uma contenção nos custos e perceber porque é que eles tinham chegado a tais valores.
Esse estudo revelou que um dia tipo da câmara passava-se (mais ou menos) assim: De manhã, a maioria dos técnicos chegavam por volta das 10/10.30 horas. Ligavam a luz e as máquinas, e enquanto se preparavam para começar a trabalhar, entre os "bons dias" e "então que fazes", chegava o intervalo matinal permitido para o cafézinho. Nesta altura, assistia-se a uma dinâmica interna curiosa, à medida que quase todos os funcionários se dirigiam em catadupa ao piso da cafetetaria. Por haver uma só máquina de café, como argumentavam, demoravam uma eternidade porque a fila nunca mais acabava. Quando finalmente lá conseguiam tomar café ou qualquer coisa, voltavam para os seus postos de trabalho. Era a "dinâmica municipal de retorno aos gabinetes", mais lenta e aos soluços enquanto se dispersavam pelo resto da câmara. Chegado ao posto de trabalho, e como restava pouco tempo até ao almoço, uma horita no máximo, nem valia a pena começar a produzir porque, de certeza, que qualquer coisa ia ficar a meio. Mais valia ir almoçar ligeiramente mais cedo. Um bom almoço de preferência para recuperar as energias gastas numa manhã de trabalho. A seguir ao almoço, a tarde começava como a manhã. A maioria dos técnicos, chegavam por volta das 14.30/15 horas, e começavam a produzir qualquer coisa entre os "como foi o teu almoço" e "nem sabes onde fui". Entretanto chegava a hora do lanche e repetia-se a aventura do piso da cafetaria. Só que depois do café da tarde ainda era pior que depois do café da manhã. A câmara era invadida por um chimfrim tal que então é que não se podia trabalhar. Eram os filhos dos funcionários que chegavam depois de terminarem as aulas para irem ter com os pais. É que, mesmo que se conseguisse estar na Câmara com o barulho, não havia disposição para trabalhar porque os filhos precisão de atenção. No entanto, com isto tudo, a câmara não deixava de gastar luz, água, telefones, etc.
Se os resultados foram desanimadores quanto à produtividade, a solução apontada para a desejada contenção era revolucionária, mesmo milagrosa: fechar a câmara metade do dia. Lindo! Afinal é tudo tão simples, não é? Basta que haja imaginação! Como para a produção que havia até metade do dia era suficiente, na outra metade podia-se poupar em despesas. Claro que os funcionários tinham de trabalhar menos, mas nestas coisas há que fazer alguns sacrifícios.

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terça-feira, outubro 24, 2006

Palavras na moda...01

Umas são cíclicas, vão e voltam. Outras não... acabam em "ente"
  • Emergente - "essa questão está emergente..." (pois)
  • Abrangente - "isto é muito abrangente!" (e então?)

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segunda-feira, outubro 23, 2006

Teoria das "gavetas mentais"... (em consolidação)

O cérebro é o mais extraordinário e absoluto “arquivo” que conheço. Tudo o que vivemos e nos enforma é gravado e acessível de forma inigualável, individual e intransmissível. Uma "capacidade" de registo racional e emocional, nervoso e reunido, que nos identifica e faz. Existimos porque esta "base de dados" existe e se completa. Por isso, a morte ser a imensa injustiça que o condena ao desaparecimento connosco. Mas até lá, vivemos! Diferentes dos outros animais por uma "racionalidade emocional" que caracteriza a natureza humana. Constantemente a sentir e imprimir emoções. Curiosos sobre nós e sobre o que nos rodeia. Nunca satisfeitos. Mas cuidado! Até este aparentemente inesgotável “arquivo” tem limites de "capacidade" e fragilidades de funcionamento.

Como nos ensina o planeamento, o facto de se ter um "equipamento" não contitui por si só uma mais valia. Tão importante como tê-lo, há que usá-lo, e bem de preferência, caso contrário apenas constitui um "encargo". Ajusta-se assim esta analogia a este "arquivo". Não importa a aparente inesgotável "capacidade" se os conteúdos estiverem desorganizados. Se a "catalogação" e acessibilidade não funcionar, poderá provocar-se mais mal que bem. Há que organizar a "base de dados".

A teoria das "gavetas mentais" decorre da essência racional do ser humano. A nossa vida passa por resolver problemas. É o que fazemos até morrer. Quando não existem, "inventamos" ou complicamos, porque precisamos de resolver qualquer coisa. Está na nossa natureza. E todos, sem excepção, com maior ou menor quantidade temos. A grande questão abordada não está no facto de haver problemas. Está antes no facto do "perigo" da acomulação deles.

Há que lembrar que os problemas não são todos iguais ou urgentes. Existem os simples e quotidianos, os profissionais e emocionais, os de curto e longo prazo, etc. Da mesma forma, deverão haver "gavetas" diferentes por cada um deles, podendo ou não estarem relacionadas. Desta forma, temos um arquivo possivel de se ir "arrumando", à medida que se vão fechando "gavetas" separadamente (uma, duas, três, etc.). Quando falta esta sistematização, os diferentes problemas tendem a aglutinar-se num só, enorme e difuso. Falha o discernimento e aumenta-se a complexidade por ser um único e cai-se no bloqueio. A resolução dos simples ficam reféns da não resolução dos graves. As acções exclusivas ficam dependentes de factores externos. E a situação tende a agravar-se antevendo-se "roturas". Em outras palavras, corre-se o risco de ter uma só e enorme "gaveta" que não se consegue fechar, condenada a permanecer sempre aberta e com tendência a transbordar à medida que se acomulam mais e mais problemas.

A essência desta teoria assenta assim na resolução sistemática de problemas. Por "gavetas mentais". Muitas de preferência. As maiores, as menores, as mais fundas, etc., e inclusivé, as fechadas e abertas. Sendo muitas, a informação não é confusa. O acesso e leitura é directo e separado. Se for só uma, chegará ao limite da perda de controle sobre nós proprios, porque tudo é difuso e complexo. Irresoluvel.

Não se pode querer resolver tudo de uma só vez. O risco é não resolver nada, ou quase nada, e agravar a situação. Uma coisa de cada vez e separar o que é possivel do que para já não é. (continua)

Foto: http://www.joaocoutinho.net/galerias/cidades_coimbra/index.asp?pg=24

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quinta-feira, outubro 19, 2006

Curiosamente, fumo menos com um cigarro na boca.

Antes de mais, gosto de fumar! E tenho as dependências todas por isso: desde a fisica, passando pela social até à psicológica. Assim sendo é dificil deixar de fumar, mesmo porque, e volto a dizer, gosto de fumar.
A par disto, e como fumo desde os meus 18 aninhos, ganhei todos os vícios e tiques do tabaco. Uns já passaram, como o de andar por ai a fazer rodinhas de fumo, enquanto outros permanecem como brincar com o cigarro na mão, cigarro pendurado na boca, atrás da orelha, etc. Quem sabe, para disfarçar ansiedades ou ajudar a pensar, estes vicios juntam-se a outros como o andar de um lado para o outro, coçar a testa, etc. Criei assim um conjunto de "rituais" que até me definem enquanto pessoa e maneira de estar.
Como as fobias e os fundamentalismos antitabaco "importados" estão a ter os resultados esperados (ou desejado por estes quem sabe) - a segregação - os "fumadores" (esses criminosos poluidores) tem a vida cada vez mais dificultada para fumarem um cigarrito descansados. Cada vez são menos os lugares onde se pode fumar e a tendência é a diminuir. Mas não desepero. A "fobia" desta sociedade, demasiado influenciável acho eu, que só sabe andar de popó e produzir lixo, tudo coisas "menos" poluentes, vai levar a um ponto em que os "fumadores" vão ser uma minoria e/ou um "problema" social. Quando chegar a este ponto talvez hajam os apoios e subsidios normais para minorias ou então casas de fumo (chuto?). Afinal as receitas do tabaco devem dar para cobrir os problemas de saude e sociais resultantes deste vicio "tenebroso". Ou vão para outro lado?
Já se ouve por aí quem defenda a proibição do tabaco. Mas desenganem-se! Alguma vez, se vai prescindir das receitas fiscais produzidas pelo tabaco? Não me parece. Aliás, mais depressa se liberaliza as drogas leves (que até concordo mas por outras razões), que se proibe o tabaco. O tabaco é um imposto disfarçado. Quando me dizem que o aumento do preço do tabaco é porque faz mal, ou "devia estar a 5€" - e descansem que lá irá chegar - é porque, desconfio eu, as receitas fiscais têm de ser mantidas. Ora vejam lá, se há cada vez menos fumadores naturalmente o tabaco tem de ser mais caro para que as receitas e lucros sejam os mesmos. Não me digam que a produção do tabaco (planta) está a subir ao ritmo do petróleo. Como hoje em dia fumar é quase crime, a sociedade legitimiza esta politica de subir preços e manter receitas. Não haja dúvida, o crime não compensa. Está cada vez mais caro...
Naturalmente, o preço do tabaco e a dificuldade em fumar descansado, levam-me a pensar em deixar de fumar. De cigarro na mão e a andar de um lado para o outro, mas a pensar.
Isto tudo para dizer o quê! Encontrei uma solução de compromisso. Vai ficar tudo na mesma. Curiosamente, fumo menos com um cigarro na boca. Ora vejam. Como não posso fumar no meu local de trabalho, reparei que passo imenso tempo com o cigarro apagado na boca. E que por sinal, até estou a fumar menos por isso. Puxo, puxo, não vem nada, mas puxo na mesma. É um dos vicios que o tabaco me deixou!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Espanhóis querem anexar Portugal

Vamos lá, vamos lá! ..... Mas não há mais nada para fazer?

Marketing urbano

Sem palavras!

O segredo de todos os discursos... mil e uma combinações!

sexta-feira, outubro 13, 2006

E viva o aquecimento global

quinta-feira, outubro 12, 2006

Soluções "curiosas"... 01

O segredo está nas telefonistas.
Como se imagina, aqueles que fazem gestão, mais vulgarmente designada por "apreciação de projectos", estão constantemente a serem importunados. Telefonemas atrás de telefonemas a perguntarem "onde está o processo", ou "com quem está", ou "quando é que está aprovado", etc. Ainda querem que os processos não se acomulem! Que chatisse! Ter de atender munícipes. É que depois o trabalho não anda. São muitos, e nestas coisas não pode haver precipitações. Tem que ser feito com calma... muita calma!
Num ponto de situação sobre a reorganização de serviços em curso, o entusiasmo instalou-se, quando alguém comentou, que os serviços estavam a funcionar bem melhor. "Porque até há menos queixas". "Nota-se pela redução do número de telefonemas". "Só pode ser porque se estão a cumprir os prazos e já nem é necessário fazerem pressão". Estavam todos lá do departamento. Desde o "chefe" ao "contínuo". Coisa nunca vista mesmo! E em rodinha para não haver segundas filas. Todos contentes no fundo. Afinal são ou não são todos importantes.
E não é que alguém veio estragar (ou melhorar) este bom ambiente: "Mas eu acho que isso acontece por causa das telefonistas"; "Se nós não conseguimos ligar para fora, o mesmo deve acontecer para quem quer telefonar oara cá". É verdade, desde há uns tempos para cá, tem havido um problema com as telefonistas. Existe apenas uma para fazer as chamadas de toda uma câmara. Coitada! É que não dá vazão...
Realmente, existe sempre solução para tudo! Nem sempre onde se espera, mas existe...

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sexta-feira, outubro 06, 2006

Das expressões mais ouvidas...01

Bem! Está na hora...

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segunda-feira, outubro 02, 2006

Enquadramento a uma tese

"(...) A percepção existente, quase generalizada entre os agentes envolvidos no exercício do planeamento, é a de que iniciar um processo para um instrumento de planeamento formal é iniciar um processo “infindável” no tempo, onde o mais provável é encontrar mais problemas que soluções, correndo-se o risco mais que certo de estes serem ultrapassados pela velocidade a que os contextos se alteram. Ao processo de planeamento actual é-lhe mesmo associado uma imagem de “confusão”, tal é a extensão de “complicações” existente, a “complexidade” de conteúdos e de relações entre agentes e actores que deve abranger, com estes últimos nem sempre a serem apreendidos. Não admira que, quando existe um processo ou a programação da transformação urbana de uma área, sobretudo ao nível do planeamento municipal, para contornar “tantas” “barreiras” formais, o mais comum é o recurso a “atalhos” informais para se atingirem objectivos o mais depressa possível, que pelos interesses envolvidos, nem sempre são os mais adequados e quase sempre de curto prazo.(...)"
Vejamos o que isto vai dar!...