A importância da pontuação...
- Eu gosto de tijolo burro. Com pontuação: Eu gosto de tijolo, burro!
- Eu não gosto de água choca. Com pontuação: Eu não gosto de água, choca!
eheh...
O "modesto arquitecTóurbanista municipal". Caricaturas da profissão, do funcionalismo público e outras coisas que me apeteça.Haja humor!
eheh...
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O cérebro é o mais extraordinário e absoluto “arquivo” que conheço. Tudo o que vivemos e nos enforma é gravado e acessível de forma inigualável, individual e intransmissível. Uma "capacidade" de registo racional e emocional, nervoso e reunido, que nos identifica e faz. Existimos porque esta "base de dados" existe e se completa. Por isso, a morte ser a imensa injustiça que o condena ao desaparecimento connosco. Mas até lá, vivemos! Diferentes dos outros animais por uma "racionalidade emocional" que caracteriza a natureza humana. Constantemente a sentir e imprimir emoções. Curiosos sobre nós e sobre o que nos rodeia. Nunca satisfeitos. Mas cuidado! Até este aparentemente inesgotável “arquivo” tem limites de "capacidade" e fragilidades de funcionamento.
Como nos ensina o planeamento, o facto de se ter um "equipamento" não contitui por si só uma mais valia. Tão importante como tê-lo, há que usá-lo, e bem de preferência, caso contrário apenas constitui um "encargo". Ajusta-se assim esta analogia a este "arquivo". Não importa a aparente inesgotável "capacidade" se os conteúdos estiverem desorganizados. Se a "catalogação" e acessibilidade não funcionar, poderá provocar-se mais mal que bem. Há que organizar a "base de dados".
A teoria das "gavetas mentais" decorre da essência racional do ser humano. A nossa vida passa por resolver problemas. É o que fazemos até morrer. Quando não existem, "inventamos" ou complicamos, porque precisamos de resolver qualquer coisa. Está na nossa natureza. E todos, sem excepção, com maior ou menor quantidade temos. A grande questão abordada não está no facto de haver problemas. Está antes no facto do "perigo" da acomulação deles.
Há que lembrar que os problemas não são todos iguais ou urgentes. Existem os simples e quotidianos, os profissionais e emocionais, os de curto e longo prazo, etc. Da mesma forma, deverão haver "gavetas" diferentes por cada um deles, podendo ou não estarem relacionadas. Desta forma, temos um arquivo possivel de se ir "arrumando", à medida que se vão fechando "gavetas" separadamente (uma, duas, três, etc.). Quando falta esta sistematização, os diferentes problemas tendem a aglutinar-se num só, enorme e difuso. Falha o discernimento e aumenta-se a complexidade por ser um único e cai-se no bloqueio. A resolução dos simples ficam reféns da não resolução dos graves. As acções exclusivas ficam dependentes de factores externos. E a situação tende a agravar-se antevendo-se "roturas". Em outras palavras, corre-se o risco de ter uma só e enorme "gaveta" que não se consegue fechar, condenada a permanecer sempre aberta e com tendência a transbordar à medida que se acomulam mais e mais problemas.
A essência desta teoria assenta assim na resolução sistemática de problemas. Por "gavetas mentais". Muitas de preferência. As maiores, as menores, as mais fundas, etc., e inclusivé, as fechadas e abertas. Sendo muitas, a informação não é confusa. O acesso e leitura é directo e separado. Se for só uma, chegará ao limite da perda de controle sobre nós proprios, porque tudo é difuso e complexo. Irresoluvel.
Não se pode querer resolver tudo de uma só vez. O risco é não resolver nada, ou quase nada, e agravar a situação. Uma coisa de cada vez e separar o que é possivel do que para já não é. (continua)
Foto: http://www.joaocoutinho.net/galerias/cidades_coimbra/index.asp?pg=24
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